FAMILIA ZILOTTI UM POUCO DE NOSSA HISTORIA
ANTONIO ZILOTTI, nasceu no dia 31 de março de 1873, mas 01 de abril conforme o livro de Registro do Municipio de Minerbe, Degli Atti di Nascita do Anno de 1873 (939), consta no índice Anuale o Registro de número vinte sete 27 o nome de Zilotti Antonio, filho de Luigi Zilotti e Lucrezia Frattini.
ANGELO ZILOTTI nasceu em 1868 em Minerbe, Verona, Italia; mas em virtude do registro civil onde a maioria dos nossos antepassados vieram ter sido implantado em Veneto a partir de 1860, se tornou obrigatório somente a partir de 1871, este é motivo de não se encontrar nas cidades o registro civil italiano de nossos antepassados que nasceram antes de 1871. Mas as igrejas tem a certidão de batismos.
ANTONIO ZILOTTI estava com 20 anos e ANGELO ZILOTTI com 25, decidiram imigrar pois seus outros irmãos Maria Luigia com 23 anos, Vittorio Zilotti com 17 anos e Ermínio Zilotti com 14 anos deveriam ficar com os pais Luigi e Lucrezia na Itália; já haviam tentado a vida por todos os meios e mesmo assim, cada vez mais as dificuldades chegavam. Sua família nada podia fazer para ajudar, pois todos estavam na mesma situação, não dependendo muito deles e sim da situação de seu país.
A terra natal, a família, os pais, os irmãos, os amigos eram todos amados, porém, a única saída seria imigrar para o Brasil pois havia a promessa do governo brasileiro de que com a imigração os trabalhadores teriam garantido abundância de comida, trabalho e riquezas. Com coragem e muita esperança, em maio de 1893 ANTONIO ZILOTTI e ANGELO ZILOTTI deixaram sua pátria em busca de um mundo melhor, mesmo sabendo que a possibilidade de voltar não existia, não só pela distância, mas também pela falta de dinheiro. Sem ter ideia do que iam encontrar Brasil; trouxeram somente as forças dos próprios braços e o sonho de que em pouco tempo teriam dinheiro para voltar para a Itália.
De malas prontas e passaporte em mãos rumaram para o Porto de Genova e aguardaram a esperada passagem oferecida pela “Sociedade Promotora de Imigração”; de posse das passagens embarcaram no Vapor Giulio Cesare em 5 de maio de 1893 com destino ao Brasil.
No dia 01 de junho de 1893 chegaram ao Porto de Santos; ao desembarcar já começaram a enfrentar dificuldades pois, os encarregados de fazer a ficha de desembarque muitas vezes mal sabiam escrever em português e solicitava ao italiano que soletrasse o nome da cidade natal; o imigrante (muitas vezes um camponês simplório e de poucos estudos) sentindo dificuldade em se comunicar com o oficial omitiam o nome da cidade onde nasceu, e usavam como referência a cidade principal mais próxima; pois às vezes haviam nascido em uma pequena comune com nome comprido ou complicado de escrever. Depois de tudo isto o próximo destino seria São Paulo uma viagem de trem pela estrada de ferro São Paulo Railway.
Ao chegarem a São Paulo desembarcavam na estação ferroviária do Brás, onde eram aguardados por funcionários da Hospedaria dos Imigrantes. E ali permaneciam até que um fazendeiro ou seu capataz contratasse o imigrante para trabalhar nas fazendas de café; tinham preferência às famílias numerosas os solteiros como era o caso deles encontravam mais dificuldades em arranjar emprego.
Antônio ficou trabalhando no Bairro do Brás em São Paulo na construção civil, profissão que exercia na Itália pois seu pai Luigi e seus avô Giuseppe eram muratore na italia; depois de aproximadamente um ano morando em São Paulo, ANTONIO conheceu CAROLINA SIVIERI, que também era uma imigrante italiana, filha de LORENZO SIVIERI e PIETRA MARTINELLI que já estava no Brasil desde 9 de julho de 1888; e após algum tempo de namoro se casaram no dia 29 de setembro de 1894 na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Matozinhos no Brás, em São Paulo.
Após o casamento Antonio e Carolina permaneceram em São Paulo até meados de 1900, onde tiveram as filhas Secunda (Gioconda), nascida em dia 21 de fevereiro de 1898, no Brás e Concheta também nascida no Brás no dia 8 de dezembro de 1900 e que foram batizadas na igreja da Consolação. Com o trabalho em São Paulo guardou dinheiro e no ano de 1902 Antonio com a família mudaram para Santa Cruz do Rio Pardo onde seu irmão Angelo já estava morando desde 1894 com a família.
Em Santa Cruz Antônio com a família ficaram uns dias na casa do irmão e comprou no ano de 1904 um lote de terra em Santa Cruz, na Rua Barão de Cotegipe e nesta rua moravam muitas famílias de imigrantes italianos neste local construiu uma pequena casa que possuía cinco cômodos sem revestimento com piso de terra batida e coberta de telhas de cocha (comum).
Para construir a casa Antônio foi ajudado pelo seu irmão Ângelo que também era pedreiro (muratore) e os serventes eram as esposas. Ergueram os batentes sobre os alicerces aprumados e nivelados, mantidos assim por escoras; na sequência, subiam as paredes em "meio tijolo", usando sempre os seguintes instrumentos: níveis, esquadros, prumos. Os tijolos, assentados em barro, fixavam os batentes com "cintas de barril", presas aos batentes e amarrados aos tijolos. A construção foi feita com tijolos e o assentamento para serem mantidos à vista, sem revestimentos.
No respaldo das paredes, na altura de cerca de três metros, assentaram, em nível, vigas roliças (vassourão) com diâmetros de 12 cm, paralelas de 50 em 50 cm em toda a área de construção, com finalidade de amarrar as paredes. As vigas, terças caibros e ripas do telhado, assim como os batentes e soleiras, foram escolhidas na mata. As árvores eram assim selecionadas: "o vassourão", usado como vigas e terças; a "canela" para batentes e vigas. O coqueiro ou palmeira, cortado e desdobrado com trançador, era utilizado como ripas e caibros do telhado. As ferramentas para regularizar e trabalhar a madeira eram o machado, o trançador, a serra de volta, a enxó, a plaina e a galopa.
A casa tinha uma porta central e de cada lado uma janela. Isso determinava um desenvolvimento interno: a sala central distribuindo para os quartos lateral, local para refeições e cozinha nos fundos, mesmo em prejuízo da claridade nos quartos, quando coincidia com a face sul. A cobertura era disposta em duas águas.
Não havia banheiros no interior da casa. O banho era tomado nos quartos, com o auxílio de equipamentos triviais tais como mastela, tina, bacias grandes e pequenas, usadas para lavar os pés antes de dormir. As necessidades fisiológicas eram feitas em uma latrina com fossa negra que ficava uns 30 metros no fundo do quintal. À noite utilizavam-se urinóis; as fezes eram depositadas nas esterqueiras e frequentemente a urina era jogada em formigueiros, na tentativa de exterminá-los.
A cozinha é a peça da casa que recebeu o maior número de equipamentos construídos, entre os quais destaca-se o fogão, o apoio para filtro, reservatórios de lenha, apoios para potes e latas de água. No quintal tinha um forno-de-pão, cujo corpo era construído de barro utilizando o cupim retirado de pastos ou terra de formigueiros.
No interior da cozinha tinha um fogão à lenha, de tijolos, revestido de cimento importado da Europa que tinha, na parte superior, uma chapa com três bocas de diâmetros diferentes e, sob esta, o fogo. No corpo do fogão era assentado o forno industrializado, feito de ferro com tampa e gaveta para as brasas, a fumaça era tirada por chaminés munidas de registros.
A louça era, lavada no ribeirão ou em caldeirões e tinas.. A água era trazida do ribeirão São Domingos ou do poço que ficava próximo da cozinha e armazenada em baldes ou potes, e colocada ao lado do fogão. Tinha na cozinha prateleiras na parede para pendurar as panelas de barro, ou ferro fundido, conchas e a vasilha de sal. Nesta casa viveu com sua família e criaram os filhos , Secunda, concheta, Antonia, João, Dionizio, Humberto , Sebastião, e Carlota,.
Trabalhou como pedreiro, onde construiu diversas casas em Santa Cruz sendo uma de suas últimas obras a construção da antiga Escola de Comércio, na Avenida Tiradentes, onde se acidentou e não pode mais trabalhar.
Carolina para ajudar no sustento da família lavava roupas para diversas famílias de Santa Cruz e cuidava da horta e do pomar, que contava com parreira de uva, carambola, pés de pêra, mangueira.
CONHECENDO NOSSOS ANTEPASSADOS
VICENZZO ZILOTTI (bisavô de Antonio Zilotti), nasceu em Minerbe e casou-se com CATTERINA FAELLA e tiveram o filho GIUSEPPE ZILOTTI.
GIUSEPPE ZILOTTI (avô de Antonio Zilotti), nasceu em 1790 em Minerbe, e faleceu em 9 de setembro de 1874 em Minerbe, casou se com DOMENICA BOARETTO e teve o filho LUIGI ZILOTTI.
LUIGI ZILOTTI (pai de Antonio Zilotti), nasceu no ano de 1838 em, Minerbe, região de Verona e faleceu no dia 4 de outubro de 1917 em Minerbe. Luigi Zilotti casou com Lucrezia Frattini nascida em 1841 em Minerbe e falecida em 22 de março de 1923 em Minerbe: tiveram os filhos: Angelo Zilotti, Antonio Zilotti, Maria Luigia, Vittorio Zilotti, Erminio Zilotti e Carlo Giovanni Zilotti.
ANGELO ZILOTTI nasceu em 1868 em Minerbe, Verona, Italia e faleceu em 30 de dezembro de 1935 em Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, Brasil; imigrou para o Brasil em 1893; casou-se no Brasil com Marietta (Maria) Marchi e teve os filhos Eliza Zilotti, Mathilde Zilotti, Silvia Zilotti, Thereza Zilotti, Luiza Zilotti, Ferencia, Pedro Zilotti e Luiz Zilotti. No final do ano de 1893 passou a morar em Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, Brasil.
MARIA LUIGI ZILOTTI nasceu em 1870 em Minerbe e casou-se com UMBERTO COLTRO em 20 de dezembro de 1891
ANTONIO ZILOTTI nasceu no dia 1 de abril de 1873, na comune de Minerbe, Verona, filho de Luigi Zilotti e de Lucrecia Frattini. Imigrou para o Brasil em 1893, com 20 anos junto com seu irmão Ângelo Zilotti com 25 anos . Embarcaram na Itália, no Porto de Genova, com destino ao Brasil, no Vapor Giulio Cesare e desembarcaram no Porto de Santos no dia 01 de junho de 1893, casou-se CAROLINA SIVIERI no dia 29 de setembro de 1894 na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Matozinhos no Brás, em São Paulo, Brasil.
VITTORIO ZILOTTI nasceu no dia 4 de maio de 1876 em Minerbe, casou se com MODESTA TURCATO em 20 de fevereiro de 1921 em Bonavigo e tiveram os filhos MARIA LUIGIA, GIUSEPPE, LUIGI, GIUSEPPINA, CAMILA GIUSEFFINA e GUERRINO. VITTORIO ficou viuvo e casou-se com ELIZA BIANCO.
ERMINIO ZILOTTI nasceu no dia 10 de maio de 1879 em Minerbe, casou-se com REGINA PERUZZI em 31 de janeiro de 1904 em Bonavigo, tiveram as filhas MARIO, LUCINDO GIUSEPPE, LIONELLA FRANCESCA e MARINA CAROLINA. ERMINIO ficou viuvo e casou-se com GIACINTA PAVAN.
CARLO GIOVANNI ZILOTTI nasceu no dia 23 de abril de 1885 em Minerbe e faleceu no dia 19 de setembro de 1885.